segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Em um ano, vendas de motocicletas têm queda de -10,6%, segundo FENABRAVE

Com altas taxas de entrada, vendas de motocicletas seguem em queda e preços não coincidem com a renda dos brasileiros; variação é de julho 2012 a julho de 2013
Os resultados do setor motociclístico no Brasil no último ano têm sido assustadores. É o que aponta uma pesquisa divulgada pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores, a Fenabrave. De julho de 2012 a julho de 2013 a variação nas vendas foi de -10,6%. O motivo do resultado negativo é o pagamento de entrada no momento da compra, que é desproporcional ao preço de uma motocicleta e não coincide com a baixa renda do brasileiro.
Para o presidente da Federação, Flávio Meneghetti, além da renda não ser compatível, a compra de uma moto não fica restrita apenas ao valor da entrada, mas sim a itens necessário para pilotar, além de outras despesas. “O preço de uma moto é de aproximadamente R$ 5.000, com 30% de entrada são R$ 1.500,00, mais emplacamento, licenciamento e compra de acessórios de segurança, o valor pode chegar a 50% do preço da moto. Você precisa ter praticamente R$ 2.500 disponíveis. Essa entrada é desproporcional ao valor do bem”, explica.
A grande taxa de vendas de motos de baixa cilindrada em 2009 e 2010 foi devido às facilidades de financiamento, em que se podia comprar uma moto em até 60 meses sem entrada, porém, esse longo período disponível para pagamento causou um aumento significativo no número de inadimplentes. Segundo Meneghetti, “esse tipo de financiamento é algo que não vamos encontrar nem em um futuro longo”, afirma.
De acordo com o presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção, os resultados não são piores por que marcas mais tradicionais mantém carteiras de consórcio bastante elevadas e positivas, que são praticadas principalmente no norte e nordeste do país.
Embora a afirmação da entidade seja de provável queda para o setor em 2013, Assumpção acredita que, após esta fase, o segmento deve se estabilizar.


Fonte: Revista Mundo Moto

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